domingo, 6 de maio de 2012

Das perguntas sem respostas

   Sabe quando uma cena martela em sua cabeça e te faz repensar sobre qual rumo estamos dando em nossas vidas? Te faz questionar qual é a sua missão ? Quais seus sonhos? E quais os propósitos de Deus?
Então, ontem a cena  foi assim. Eu sorri, mas no fundo pensei, e minha vida, o que quero para ela?
   São perguntas como essa que me fizeram ir dormir ontem fazendo um balanço de o que nesses 22 anos eu gostaria que tivesse acontecido e o que eu posso fazer para que daqui há 22 anos eu não tenha essa mesma sensação de deixar de ter feito. Acho que a impaciência superou as minhas teorias que me faziam segura.
   Pensando nisso, lembrei o que certa vez na faculdade, o professor disse que nós deveríamos fazer o que não nos interessa deixar de lado essa crendice de só ler o que nos é prazeroso, fazer o que fazemos sempre, ouvir as mesmas músicas... Entendi que deveríamos abandonar o comodismo e nos aventurar com o novo, sair da nossa zona de conforto e absorver um pouco de tudo. Pensei, pensei, pensei e ainda tenho pensado nessa reflexão. Coloquei na balança o que é o meu comodismo, o que eu faço as vezes sem perceber só por costume.
   Aí vai a lista: Eu faço graça quando deveria tratar as coisas com seriedade, eu entro nas redes sociais com mais frequencia que deveria, eu visito sites de notícias irrelevantes religiosamente, eu reclamo até do que eu não sei, eu me importo mais com os outros do que comigo mesma, eu vivo mais a história deles do que a minha, conheço mais os outros do que a mim, as vezes abandono uma leitura no meio do caminho, minhas decisões são influenciáveis, eu ouço mais do que falo, tenho receio do julgamento das pessoas, gosto de teorias, de controlar, de prever, de divagar, não tomar iniciativas, deixar as coisas incompletas  (...)
   Por hora, pensei que eram defeitos, mas não é só isso, são incômodos, são críticas, sou eu. Apontá-las não é buscar a perfeição, é colocar a cara para você mesmo bater, ninguém melhor para fazer isso. É procurar o autoconhecimento, tentar melhorar sem se colocar na panela de pressão no fogo alto. 
   Só sei que juntei as peças, escutei os meus defeitos das pessoas que mais me conhecem me apontaram. Como dói ouvir o que não é comum. Te tira o chão, a base, você sai de si e não quer voltar mais. Mas tive que realizar esse exercício. Eu precisava sentir muito além do que só tentar evitar. Encarar!
   Está aí. Esse é o meu dever de casa. Daqueles que você só vai aprender quando se envolver, quando testar, experimentar e fazer. Tomar gosto, tornar isso um prazer. E eu sei que vou achar a minha fórmula.


Beijos,
Glau.