domingo, 23 de setembro de 2012

Notícias de primavera

    A primeveira chegou e junto dela vem um período de florescer e renascer. Me senti assim com relação a manter uma vida regrada e uma alimentação controlada, sabendo novamente como identificar a fome da vontade de comer. Faz um tempo que estou entendendo melhor a prática de "colocar as rédeas". E essa disciplina me fez alcançar um peso que há muito tempo não tinha: 63,6 kg.
    Estou radiante sim. Não escondo o meu orgulho em ter conseguido uma pesagem que me convence que é possível, mas evito esbravejar de alegria porque senão eu me perco. Pretendo seguir forte e contínuo. A estratégia é mesmo diminuir a quantidade entre um espaço de horas regulares, mas o diferencial tem sido comer bem leve a noite. Mas é mesmo só por em prática o que todas nós sabemos sobre alimentação saudável.
    Agora sobre as demais coisas, estou frequentando umas palestras de psicologia - já disse aqui que tenho vontade de conhecer melhor a área- e lá exige-se uma reflexão muito grande sobre si e sobre os outros e falando por mim, fiquei impressionada como tenho me deixado de lado por simples preguiça de pensar, questionar e me confrontar. Tenho umas questões que são só minhas para esclarecer comigo mesma e muitas vezes eu prefiro chorar e aliviar do que, mesmo sofrendo, fazer cicatrizar. Sem paciência para esperar o tempo, aliás já passou tempo demais, a ordem é perecer.
   Além disso, quero me isentar do que não me acrescenta, não me pertence e ainda me aprisiona. Posso resistir, mas existem coisas lacunas que precisam ser preenchidas de outras formas, e insisto que precisam ser preenchidas. Deixar estar não é comigo, por isso me incomodo tanto e me faço impaciente. A minha impaciência não é inquietação, os impacientes são murmuradores sem ação e os inquietos não se acomodam. Ânseio por mudança, não só do tempo que passa, mas dos meus motivos, das minhas metas e do que me constroi. Só assim sentirei a plenitude de ser parte integrante de mim.
   Agora tenho inspiração para voltar antes do fim da primavera, com certeza.

Beijos,
Glau.


"Você acha que é a doença,
Mas você é a cura.
Você acha que você é a tranca da porta,
Mas você é a chave que a abre"